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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Kerli no Brasil - Meet & Greet + Show



Como todos sabem a maravilhosa cantora estoniana veio ao Brasil para se apresentar num pocket show em São Paulo juntamente com o DH Hector Fonseca. Obviamente, eu estive presente no evento para prestigiá-la. O ingresso para o show custou R$60 + taxas e aconteceu na The Week Metropole, no centro de São Paulo. Como a boate é um local para entretenimento noturno, houve a restrição de faixa etária. Ou seja, menores não puderam entrar. Desde o início todos foram avisados dessa condição e obviamente muitos fãs se decepcionaram e se desesperaram nas redes sociais bombando a página oficial da cantora no Facebook reclamando dessa situação. Gentilmente e sempre preocupada com os fãs, a belíssima Kerli os acalmou dizendo que estava pensando em algo especialmente para os fãs menores de idade e que não iriam poder vê-la no show. E ela cumpriu a promessa! Um dia antes do show ela anunciou um Meet&Greet gratuito na Praça Alexandre de Gusmão, bem próximo do MASP e de frente para o Hotel Tivoli.
O encontro foi marcado para as 16h30 e todos os fãs informados marcaram presença!!! Tinha muita gente!!! Todos enlouquecidos por autógrafos, abraços, beijos e conversas com a estoniana mais linda que existe. Eu era um dos fãs. Cheguei um pouco atrasado, mas logo adentrei na fila e aguardei a minha vez.
Assim que cheguei na Praça já vi aquela loira de cabelos longos de frente pra mim, sem segurança nenhum, sem nenhuma barreira e obstáculos, confesso que me emocionei e mal acreditava que estava diante da Kerli, tão famosa Kerli. Meus olhos já ficaram marejados e eu nem sabia o que iria falar pra ela.
Alguns minutos após minha chegada uma forte chuva começou a cair e ela tomou a iniciativa de chamar todos para ir para a cobertura do hotel, portanto na mesma fila todos seguiram ela até lá e o encontro prosseguiu normalmente. Não tive que aguardar muito e lá estava ela me olhando e me chamando para ser o próximo, eu quase chorando e tremendo a abracei e disse: "Thank you Kerli, thank you so much for being here! You're awesome and we love you! Thank you for being our inspiration! I'm really happy for being a moonchild and I'll always be with you and followwing your career." - Ela me olhando de forma amável sorria, e completava minhas palavras com "I love you too baby, don't cry." 
Foi uma coisa linda! Eu então tive a ideia de sacar o meu celular do bolso e pedir um autógrado diretamente nele, ela nem se incomodou... pegou o celular nas mãos e assinou. Depois disso eu anunciei que era a hora da foto e tiramos a tão sonhada imagem. Logo após me despedi e abracei ela novamente, mas continuei lá ao redor do grupo de fãs... olhando para ela, filmando, tirando fotos de longe... extremamente feliz!!!
O encontro rendeu um pouco mais do esperado e saímos de lá por volta das 18h40.
Lembrando que nesse mesmo dia era o show no Grand Metropole The Week. Voltei para casa, tomei banho, me arrumei e fui para o local do show que fica muito perto do metrô República. 
Me encantei com o lugar, aliás... me surpreendi! Pois não esperava uma estrutura tão grande, tão espaçosa, tão glamurosa dentro de uma galeria que é tão simples e inserida no roteiro do centro de SP que também não é tão glamuroso assim né. Mas sim, o local era perfeito e valeu a pena!
O DJ Hector Fonseca se mostrou extremamente competente e especial, com uma energia fantástica e uma batida inigualável. Eu adorei!!! A Kerli entrou no palco de forma plena e com um figurino especial para São Paulo ás 03am. Estávamos todos muito cansados pelo dia exaustivo, mas aproveitamos cada segundo da presença da artista ali e cantamos as músicas, gritávamos enlouquecidamente, foi lindo! A casa estava lotada e fazia bastante calor, calor humano! Calor de fãs reunidos! 

Foi um show rápido, mas inesquecível! Kerli é muito especial e gentil com todos.
Seguem as fotos abaixo:












quarta-feira, 7 de novembro de 2012

INESQUECÍVEL: SQUAT Party - Show Valesca Popozuda (03/11)


Nesse último sábado (03/11) aconteceu mais uma edição da famosa SQUAT PARTY, já é consolidada no circuito de baladas aqui de São Paulo e que sempre atrai seu público fiel e fanático por seu conceito de noite. Mas essa última edição da Squat Party foi extremamente especial e significativa, porque dessa vez trouxeram a incrível Valesca Popozuda para ser a atração principal da noite; e claro foi sucesso absoluto!!!

Eu sempre quis presenciar um autêntico show de funk e claro, com a diva Valesca e assim que recebi o convite no Facebook já encaminhei para os meus amigos para irmos todos juntos, realizar essa fantasia que era a de ver essa mulher de perto! Sem hesitações, comprei meu ingresso online. O que incomoda são essas malditas taxas de conveniência que somos obrigados a pagar, seja em teatro, show ou balada. Nesse caso, o fornecedor "Alô Ingressos" foi o único disponibilizado para compra antecipada e a produção da Squat priorizou por esse benefício, afinal fica bem mais fácil mesmo. De qualquer forma, nem as taxas acabam com meu ânimo! Afinal, quem quer viver tem pagar não é mesmo? Faz parte. Viver é caro mesmo. E viver o lado bom da vida, mais ainda!

Eu nunca pensei em escrever um relato sobre a festa e nem sobre o show aqui no blog, mas é que foi algo tão incrível que eu preciso exteriorizar e compartilhar essa emoção com os meus leitores. 
Sei que muita gente pode até estranhar esse gênero musical e pode olhar a musa do funk com um certo tom de preconceito e hostilidade, e é justamente por isso que estou aqui! Para mostrar que Valesca Popozuda é muito mais do que um derrière saliente na noite!

O Estúdio Emme estava lotado, com muita movimentação do lado de fora no fumódromo e na calçada e em seu interior a batida frenética de músicas Pop ecoando nos quatro cantos do salão. Vários estilos misturados num mesmo ambiente. Isso é São Paulo. A beleza ali era certa. 

Todo o setlist estava uma delícia! Músicas super atuais mescladas com pérolas do passado criavam uma vibe incrível e ninguém ficava parado. Percebi todos os tipos de pessoas ali dentro e todas elas encontraram seu próprio espaço e reproduziam sua personalidade naquele espaço. Todos fazendo o esquenta para o grande show da Valesca, a atração da noite!!! Não me recordo a hora que ela entrou no palco, creio que por volta das 04 a.m. Numa transição do pop/alternativo para a batida do funk carioca a musa entrou no palco levando todos à loucura e para mais perto do palco para ver melhor todo aquele espetáculo de mulher. Valesca Popozuda era tudo o que imaginávamos e muito mais! Já chegou no clima, pulando, rebolando, dançando e esbanjando seus longos cabelos.

O Estúdio Emme era pura efervescência! Todos cantando todas as músicas direitinho e indo até o chão na batida louca do funk que ecoava das caixas de som. Para quem não está habituado com as letras picantes e escrachadas da musa pode soar pesado demais e até chocar. Mas ali ninguém estava preocupado com isso. Estúdio Emme inteiro cantando todas as letras (que por respeito aos meus leitores nem vou citar nada, mas é divertidíssimo!). 

No palco se via uma mulher linda, loira, alta e com pernas enormes e muito bem torneadas! Ali era energia pura e muita descontração! Ela cantou, dançou, gritou, sacudiu, rebolou, foi até o chão e voltou várias e várias vezes; e tudo isso em cima de um belo salto alto. Valesca surpreendeu, foi além! Esbanjou simpatia, humildade, garra, força, liberdade de expressão, autenticidade e talento!!! 

Uma cena que deve ser citada foi quando uma fã enlouquecida conseguiu pular no palco para agarrar a musa e então antes que os seguranças truculentos agissem com violência e falta de educação com a fã, ela os impediu rapidamente afirmando que ela iria descer, mas com calma e então emendou uma brincadeira pervertida com a fã, abraçou, beijou para então deixá-la descer do palco tranquilamente e em segurança, sem causar nenhum constrangimento ou situação chata.

O que geralmente acontece, pois quando algum fã descontrolado sobe no palco eles são derrubados automaticamente pela segurança do local sem o mínimo de respeito ou consideração. Ali naquela hora, Valesca provou quem era!

As pessoas tem a mania de tripudiar em cima de estilos musicais que não são de seu agrado e de julgar muito mal, por exemplo... os cantores de funk! Mas a questão é que tudo isso também faz parte da cultura popular brasileira! Os brasileiros adoram! Todo mundo gosta de diversão, dança, ritmo, espontaneidade e alegria! E é baseado nisso que o funk se sustenta. Em momentos de euforia e liberdade. 
Por isso, eu reafirmo que mesmo que você não goste desse estilo musical e que não consiga enxergar esse lado divertido no funk, não critique, não julgue mal... não seja tão hostil. A diversidade não se resume apenas no mundo da sexualidade e sim nos mais diferentes aspectos da vida! 
Conversando com um frequentador da Squat Party e fã da musa, ele me diz: "Valesca é sensacional! Como ser humano, como mulher, como artista, como tudo! É preciso ter muito peito pra fazer e falar tudo que ela faz! Isso se chama autenticidade e ela tem de sobra! As pessoas confundem autenticidade com safadeza, 
mas isso porquê as pessoas são hipócritas demais!" Concordo com ele em número, gênero e grau!

Existe muita gente reprimida pelo mundo e numa forma de defesa recriminam e descriminam o estilo de vida de outras pessoas que procuram ser mais felizes com atitudes simples! A vida é simples! Tudo o que te faz feliz e te completa deve fazer parte da sua rotina e do seu dia a dia. Enquanto as pessoas se preocupam com o que os outros irão pensar ou se está passando uma imagem positiva, você deixa de viver! Não confunda esses conselhos com falta de postura, de respeito e de ética na sua vida. Afinal, todos nós trabalhamos e estudamos e precisamos saber nos portar nesses lugares, mas ali a situação é bem diferente. Estou me referindo a lazer e entretenimento! Na hora de se jogar e curtir a vida, seja lá como for!

Enfim, cortando com todo o papo de auto-ajuda eu deixo aqui a minha satisfação que foi estar nessa edição da SQUAT PARTY - SHOW VALESCA POPOZUDA 03/11/12.

Estúdio Emme e Squat Party é uma combinação Heaven's on Earth! Com certeza RECOMENDO!

E eu pude comprovar que a Valesca é um furacão! Uma mulher de garra e de fibra, humilde, corajosa, admirável, hiperativa, contagiante, explosiva, polêmica, verdadeira, única!!!
Valesca Popozuda possui a vitalidade e disposição de 300 homens!
Não é a toa que se consagrou no mundo do funk e fica cada vez mais famosa. Ela merece a coroa que usa. Moralismo tolo e hipocrisia não tem vez com ela! 
Ser mente aberta é o que nos faz vivenciar novas experiências e enxergar o lado bom da vida!
Falem ou pensem o que for... Valesca Popozuda é um arraso de mulher! Escrachada e deliciosamente divertida! Ela é a noite! Ela constrói a noite!!!
Com certeza vivi momentos memoráveis!

Obrigado Squat Party e Estúdio Emme, valeu cada centavo! 

P.S: Um plus para o Estúdio Emme com sua forma de pagamento no bar, é muito melhor se pagar a balada antes do que depois de toda a curtição! Dessa forma não existe surpresas com uma conta exorbitante. Tudo é controlado e o melhor de tudo, não tem fila para acertar a comanda na saída; pois isso é terrível.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SÃO PAULO - EFERVESCÊNCIA!

Como paulistano de berço, sempre quis retratar São Paulo de uma forma original, real e instigante aqui no Vozes de Opinião. A questão é que esses dias folheando um guia de turismo, me deparei com alguns textos sobre a cidade. Devorei cada letra, cada detalhe e me apaixonei pela riqueza e clareza do conteúdo; e percebi que tudo o que ali estava escrito era exatamente o que eu gostaria de ter escrito. Portanto, posto aqui para vocês, dando os devidos créditos ao verdadeiro autor do texto, mas sentindo como se eu mesmo tivesse escrito. Porquê é exatamente assim que eu enxergo São Paulo. E por isso a matéria de hoje eu defino com essa palavra: Efervescência  Descubram nossa cidade, descubram nossos points, nossas riquezas e nosso patrimônio! SP tem muito mais do que você pode imaginar!!! 


Há uma forma fácil, óbvia e quase automática de descrever São Paulo: ela é grande, cinzenta e difícil, mas cheia de restaurantes, lojas e casas noturnas. A cidade se resumiria a esses dois terrenos - a paisagem inóspita e os prazeres do consumo. Acontece que ela não é assim, ou não é só assim. São Paulo tem muitas faces, muitas paisagens e muitas opções e alternativas para uma vida completa e realizada.

É certo que São Paulo não tem a seu favor a natureza exuberante de que se orgulham outras cidades brasileiras. Nasceu no planalto, distante do mar, voltada para o interior do país. São Paulo não é dádiva natural, é uma construção humana e aí reside sua grandeza. É dessa maneira que se pode compreender o dístico "Non ducor,duco" - "Não sou conduzido, conduzo" - de seu brasão: trata-se de uma cidade que se orgulha de ser responsável por seu destino. Essa paisagem construída é extraordinariamente variada. São Paulo é a soma de um sem-número de bairros, que funcionam como pequenas cidades, com características físicas e personalidades muito singulares.

Há os bairros, operários antigos e novos, os que concentram colônias de imigrantes e seus descendentes, os bairros-jardins planejados para a elite do café e da indústria, as grandes avenidas, as pequenas vilas quase escondidas, há um "centro velho" que conta um pouco da história mais remota da cidade e novos núcleos financeiros e comerciais. Nesse mosaico é que se distribuem as atrações rotineiramente associadas à capital paulistana: os cinemas, teatros, galerias de arte, exposições, museus, bares, restaurantes, lojas sofisticadas, casas de shows, shopping centers, botecos, bazares, feiras temáticas, mercados, galerias segmentadas, estádios de futebol, parques e praças- poucos, talvez, mas usufruídos com entusiasmo pela população. Durante, todoo dia, durante toda a noite, um movimento frenético percorre a metrópole. Essa intensidade justificaria plenamente uma visita a São Paulo, mas não a define. Sua essência, aquilo que foge aos olhares apressados e aos lugares comuns do turismo convencional, está em sua inesgotável capacidade de acolher aqueles que chegam e de conciliar todas as diferenças.


Ninguém é totalmente forasteiro em São Paulo, o que talvez se explique pelo fato de que ela foi - e ainda é - construída e reconstruída ao longo do tempo por europeus, índios, negros, asiáticos, e por brasileiros vindos de todos os locais. São Paulo pode assustar pelo tamanho desmesurado, pelo movimento das multidões; pode seduzir com suas infindáveis possibilidades de diversão, cultura, consumo. Mas a quem souber compreendê-la, oferecerá o que tem de melhor: uma surpreendente generosidade.
São Paulo não é como Manaus, cidade à beira de um rio imensoe misterioso; não pode se comparar, a Salvador, debruçada sobre aquele mar sem fim; tampouco se parece, imaginem!, com o Rio de Janeiro, cercada de uma topografia surpreendente; e também não se assemelha com a pacata Florianópolis, situada entre lagoas diante do mar. No entanto, queiram me desculpar, meus caros manauaras, soteropolitanos, cariocas e manezinhos da ilha: São Paulo, que jamais recebeu atenção divina, não possui nenhum daqueles atributos, é um assombro, construída, desconstruída e reconstruída dia após dia, por sua gente.
Nosso Estado possui uma alma gloriosa e boêmia, um passado histórico cultural extremamente rico e em alguns pontos da cidade podemos notar nuances de nostalgia e recordação.

Mas São Paulo não é só saudades, está sempre em contínuo movimento, não pára e não esmorece. Te atropela. A qualquer momento e em qualquer época, atende a tudo o que desejamos e merecemos.
Francesa, italiana, oriental, árabe, grega ou portuguesa? Não há culinária que não se encontre por aqui.
Bares? Há aos milhares espalhados pelas vilas de Vila Madalena e Olímpia. Mas você também os descobrirá em Santana, na Mooca, na Freguesia do Ó e na Lapa.

Teatro e cinema? Escolha as peças e os filmes, eles estarão em cartaz. Música? Qual o gênero? Para dançar   existem milhares de opções. Para ouvir,  há entre as inúmeras opções, a Sala São Paulo, uma estação de trem transformada em sala de concertos. Artes Plásticas? Não faltam museus e galerias, há a Bienal Internacional para apreciadores e amantes de arte e também para curiosos. Sem falar dos vernissages, múltiplos aos sábados na Pinacoteca do Estado. Moda? São Paulo Fashion Week, para chiques e famosos, e o formigueiro das ruas José Paulino e Oriente, para a multidão, onde tudo é mais barato.
E a 25 de Março? Que aventura! Perder-se entre os eternos camelôs à procura de qualquer coisa para comprar, dar uma conferida nas mercadorias da Galeria Pajé e correr para o Mercado Municipal se abastecer com o tradicional e famosíssimo sanduíche de mortadela, chopp black e pastel de bacalhau. É uma tradição paulistana e toda visita merece uma parada obrigatória.

Mesmo os lugares mais falados não se esgotam. Na Avenida Paulista, basta caminhar entre a multidão que vai e vem para sentir a pulsação da cidade. Na Liberdade, no Bom Retiro ou no Bexiga você estará em outro país sem ter arredado o pé daqui. Isto é São Paulo, sem exageros.


Entretanto, sou obrigado a revelar que a cidade, como toda metrópole tentacular, evidentemente, tem lá seus problemas e como tudo aqui, superlativos. Mas, no esforço extraordinário para superá-los, gera e consome tanta energia que, de uma forma jamais vista, como resultado de uma alquimía misteriosa, o que deveria ser feio se torna bonito, o que teria tudo para ser triste é alegre, e o que é entendido com sinal de frieza é calor humano, entusiasmo e grandeza. Enfim, o que poderia ser definido como uma enorme confusão é, na verdade, energia e vitalidade. Um caldeirão fervente de muita cultura, arte, beleza, conteúdo, riqueza e conceitos.



Não fosse assim, isto aqui poderia parecer o paraíso, lugar tido e havido como tranquilo e de clima ameno, indicado para a vida eterna. Mas, para a vida presente, onde estariam a agitação frenética e a surpresa de uma descoberta a cada esquina? E as companhias interessantes? Com certeza, morreríamos de tédio.

Texto adaptado do Guia São Paulo (Guias Unibanco Brasil)
Por Cristiano Mascaro
(É fotográfo, e públicou vários livros; inclusive Cidades Reveladas).

domingo, 28 de outubro de 2012

HADDAD é eleito em SP!

HADDAD - POR UMA SÃO PAULO MAIS HUMANA!

Ao comemorar vitória, Haddad promete uma "nova São Paulo" e disse que derrubará o "muro da vergonha entre a cidade rica e a cidade pobre"


Finalmente, a nossa cosmopolita São Paulo se cansou de viver sob o domínio do PSDB e no dia de hoje se liberta novamente dos bicos repugnantes do partido do PSDB.

O clima que pairava nesse ano era a indisposição eleitoral, o desconforto, a dúvida e a insegurança por parte dos eleitores. Todos julgavam a política como algo sujo, ilícito, condenado; e por isso não sabiam em quem votar ou não tinham tanta certeza assim. Foi um ano cheio de acontecimentos políticos, muita disputa, muita acusação e golpes baixos.

A política em nosso país já nos cansou, com tantos casos de corrupção e desrespeito. Muitas vezes nos perdemos e não sabemos quais as respostas e em quem confiar. 

Mas a certeza que eu sempre tive era que independentemente de qualquer situação eu sempre seria petista. Sim, na turma de Lula e Dilma. Assumido! Tenho um profundo respeito e admiração por Luiz Inácio Lula da Silva e pela excelentíssima presidenta Dilma. Ao meu ver, nosso país melhorou consideravelmente com o governo do PT, pois afinal incluiu a sociedade na economia, na política, na democracia. Encaixou classes menos abastadas na dignidade de uma vida melhor e aumentou as esperanças desse povo na busca de um futuro melhor.

Sempre escuto muita gente alienada e contra nosso principal partido e contra nossos líderes políticos, mas não dou a mínima atenção! Sei que cada um possui uma opinião e respeito cada posição, mas não concordo mesmo. E por isso prefiro apenas sorrir gentilmente e cortar o discurso amigavelmente. Discutir todos esses assuntos é algo que causa muita briga e muita discórdia, à toa, afinal nada se resolve com palavras. 

Mas hoje gostaria de ir além, e defender a minha ideia de que APENAS a classe média alta vota no PSDB e no Serra. Porquê é um partido egoísta e só serve e beneficia essa classe. Não há outro motivo. A grandiosa maioria do país é pobre e merece respeito, atenção e empenho.

Não precisamos de esmero e descaso, como os tucanos vem oferecendo durante todos esses anos. A grande e amarga verdade é que classe média alta não sabe o que há além dos horizontes do próprio umbigo, respectivamente vota Serra, vota PSDB. Peço desculpas caso seja o seu caso, afinal não é minha intenção desrespeitar sua classe social, seu voto, sua opinião e o seu direito. Mas sim escancarar a minha posição política. Somente isso. E sempre abro espaço aqui em nosso blog para a opinião de todos, afinal isso é democracia e nossa página é baseada nesse conceito.

A maioria venceu dessa vez! A população de SP cansou de sofrer, se uniu, utilizou o cérebro e a sabedoria e votou consciente a fim de retirar esse mal tucano de nosso Estado.

São Paulo é maravilhosa e possui características que nenhum outro Estado possui e deve ser valorizada e respeitada por sua população local. Devemos sempre zelar por nosso espaço, por nossa terra, por nossos passos. Devemos amar essa grande metrópole com toda a intensidade!

Vamos torcer agora para que Fernando Haddad realmente faça a diferença, a tão almejada diferença e que consiga enfrentar todos esses desafios e toda essa oposição maldita. Não é porquê que ele foi eleito, que a guerra acabou. A grande questão é essa: Sobreviver a cada dia.

Fernando Haddad (PT) é o novo prefeito de São Paulo. Com 92,48% das urnas apuradas, o petista tinha 56,03% dos votos válidos (3.158.994 votos), contra 43,97% do candidato do PSDB, José Serra (2.479.094 votos). Os votos que ainda não foram apurados não podem mais modificar o resultado da eleição.

Até às 19h20, os votos em branco somavam 4,36% (278.256 votos) e os nulos chegaram a 7,28% (464.441 votos). Quase 20% dos eleitores não compareceram para votar, totalizando 1.590.513 pessoas. O PT volta à Prefeitura oito anos após a gestão de Marta Suplicy, período no qual a cidade foi administrada por Serra e pelo atual prefeito, Gilberto Kassab.

A campanha em São Paulo no segundo turno foi marcada por um intenso embate e troca de acusações entre os candidatos.

Enquanto o tucano atacava o rival com panfletos, telefonemas e em toda oportunidade que tinha para falar na imprensa, o petista centrou sua munição nos programas de rádio e TV, o que acabou lhe rendendo a perda de 16 minutos no horário eleitoral.

Serra passou a eleição toda tentando ligar o adversário a réus do processo do mensalão, que corre no STF (Supremo Tribunal Federal). Do outro lado, a campanha petista batia na tecla de que Serra abandonou os cargos de prefeito e governador, apesar de prometer concluir os mandatos.

A campanha petista também procurava ligar a imagem do ex-governador ao prefeito Gilberto Kassab (PSD), reprovado pela maioria da população.

Sem sucesso nessa tentativa de derrubar Haddad, Serra voltou sua atenção para a área da saúde. O tucano dizia que o petista iria “eliminar” a participação das OSs (Organizações Sociais) na gestão do sistema municipal de saúde.

Haddad passou a campanha negando a afirmação e acusando Serra de explorar o tema como “vitrine para ocultar as falhas” da rede municipal de saúde.

As OSs são entidades privadas que recebem recursos da prefeitura para gerir os equipamentos públicos de saúde. Na época em que a medida foi implantada, o PT foi à Justiça para tentar impedir a terceirização do setor.

Em seu plano de governo, está escrito que Haddad vai “reorganizar a saúde municipal, fortalecendo a gestão pública do SUS, promovendo rigorosa fiscalização das parcerias privadas e a efetiva descentralização com controle social”.

A nova estratégia do tucano também falhou, culminando na sua terceira derrota para um candidato do PT em disputas. Antes, já havia sido batido por Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff nas disputas presidenciais de 2002 e 2010, respectivamente.

O próximo prefeito vai assumir a cidade mais rica do País, com o orçamento comparável a grandes Estados e ministérios do governo federal, mas com uma série de problemas estruturais.

Após seis anos da administração Kassab, a aprovação do atual prefeito era de apenas 24%, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada em 30 de agosto.

A cidade enfrenta problemas nas áreas de moradia, transporte urbano, saúde e educação. O trânsito caótico, o déficit no número de vagas em creches e a má qualidade no atendimento da rede de saúde municipal são os principais desafios do próximo prefeito.

Muita força, muito juízo, muita determinação, muito empenho, muita honestidade para você, Fernando Haddad!!! É o que eu espero de todo o meu coração.Essa é minha forma de mostrar minha felicidade e contentamento com os resultados dessa eleição.

SAIBA UM POUCO MAIS SOBRE O PREFEITO:

Vindo do meio universitário e com passagens por secretarias e ministérios, o petista Fernando Haddad se elegeu prefeito de São Paulo na primeira eleição que disputou. Ele assume a prefeitura no dia primeiro de janeiro de 2013.

Escolhido a dedo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer na capital paulista, Haddad superou adversidades e chegou à vitória apresentando-se como "o homem novo", capaz de colocar a cidade nos trilhos do desenvolvimento.

Haddad venceu contrariando a sua falta de jeito, o desconhecimento da população em relação à sua figura e os levantamentos dos institutos de pesquisa que o colocavam em desvantagem na corrida pela prefeitura. No segundo turno, a situação se inverteu. Beneficiado-se da alta rejeição que pesava sobre o adversário José Serra (PSDB) e sobre o atual prefeito Gilberto Kassab (PSD), Haddad liderou a corrida até confirmar o resultado nas urnas.

Se antes a luta era para fazer seu candidato se tornar conhecido, no segundo turno, o PT mudou de estratégia. Usando uma metáfora futebolística, tão comum na boca do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado estadual Simão Pedro, um dos coordenadores da campanha, explicou:

— Só ficamos tocando a bola e esperando o jogo acabar.

Nas três semanas que duraram o segundo turno, a ordem dentro do PT era evitar o clima de “já ganhou”, mesmo com todos concordando que seria muito difícil para Serra reverter o quadro que as pesquisas mostravam.

Conforme o tempo passava, foi ficando mais difícil conter a euforia. Na plateia de um dos debates realizados, dirigentes da sigla falavam em alto e bom som:

— Se não queremos subir no salto alto, então é preciso deixar o Zé Américo em casa.

O vereador reeleito sempre foi um dos mais empolgados na campanha. Também recorrendo ao futebol para explicar a eleição, o deputado federal Paulo Teixeira explica qual era o sentimento no partido a poucos dias do pleito.

— A sensação era aquela que você tem quando está num estádio, já passa dos 46 do segundo tempo e todo mundo fica gritando para o juiz acabar o jogo, que já estava decidido. E nada do homem apitar.

Vencida a eleição, o PT já trabalha para compor o próximo governo e alguns nomes de possíveis secretários já circulam à boca pequena. Para a Secretaria de Habitação, o favorito é Simão Pedro.

Na Saúde, disputam a vaga o vereador Carlos Neder (PT), que fica sem mandato no ano que vem, e Marianne Pinotti (PMDB), que foi vice na chapa de Gabriel Chalita (PMDB).

O coordenador da campanha de Haddad, Antonio Donato, é cotado para assumir a Secretaria de Governo.

Aos 49 anos de idade, a vitória na eleição significa um retorno de Haddad à prefeitura. Isso porque, durante a gestão de Marta Suplicy [2001-2004], ele assumiu a função de chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município.

Permaneceu no cargo até 2003, quando rumou para o Ministério do Planejamento para atuar como assessor especial. No ano seguinte, tornou-se secretário-executivo do Ministério da Educação. Assumiria como titular da pasta em 2005.

Sua gestão ficou marcada principalmente pela criação do ProUni, programa que concede incentivos fiscais a universidades que em troca deem bolsas de estudos a estudantes carentes.

Haddad é o segundo de uma família de três filhos. Seu pai, imigrante Libanês, chegou ao Brasil em 1947 e foi trabalhar como comerciante de tecidos. O candidato ajudou o pai na loja até seus 20 e poucos anos, época em que se dividia entre o trabalho no comércio e os estudos na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde ingressou em 1981.

Nas arcadas, foi tesoureiro e depois presidente do Centro Acadêmico XI de agosto. Foi sua porta de entrada para a política institucional, que culminou com sua entrada no PT. Além do curso de direito, Haddad fez mestrado em economia e doutorado em filosofia, todos na USP.

Em 1988, casou-se com a dentista Ana Estela, mãe de seus filhos Frederico e Ana Carolina.

Antes de entrar no serviço público, atuou no ramo de incorporação e construção, foi analista de investimentos e consultor. Em 1997, aos 34 anos, é aprovado em concurso e torna-se professor do departamento de ciência política da USP.

Ficou na universidade até ser convidado para ingressar na prefeitura. Haddad costuma dizer que planeja voltar a lecionar, só não sabe quando.

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Amigos, amigos. Facebook à parte!

"Fingir orgasmos... quem nunca?" O post-alfinetada é da publicitária Mara Rocha, de 23 anos, no Facebook. Tinha endereço certo: seu ex-marido, Carlos Cavalcanti, de 43 anos.
O "círculo de amizades" dos dois pegou fogo. Carlos cobrou explicações de Mara. Ela foi muito além: "Não citei nomes, mas, se a carapuça serviu, fique à vontade." E deu a estocada maldosa: "O infeliz, em vez de ficar tentando satisfazer seu ego, deveria é aprender a satisfazer uma mulher na cama".
O "infeliz" processou Mara, alegando que sua honra foi ferida pelos comentários da ex-mulher no Facebook. O juiz Antônio Ribeiro Rocha, do 2º juízado Cívil de Vitória, aceitou a denúncia por difamação e calúnia. Condenou Mara a indenizar o ex-marido em dez salários mínimos, de acordo com a história divulgada no site jurídico www.jusbrasil.com.br e na coluna de Joaquim Ferreira dos Santos, do jornal O Globo. Mara não se calou. Incansável, no Facebook disse: "Ele (Carlos) é tão consciente de sua incapacidade que só me processou por injúria e difamação, porque calúnia ele sabe que não é."
É extremamente constrangedor para os amigos do ex-casal testemunhar tanta lavação de roupa suja. Esse tipo de episódio começa a ficar frequente nas redes sociais. Facebook, Twitter e outras redes têm benefícios imensos para a livre expressão de anônimos. Mas começam a virar confessionários. Há de tudo!
Há os depoimentos compungidos de amigos ou parentes que revelam estar falidos, sozinhos, doentes, sempre implorando por atenção. É um show de horrores! Cada mensagem contém um teor de melancolia a fim de atrair e cativar a pena e comentários de qualquer um que esteja disposto a perder seu tempo.
Há uma turma cada vez maior que publica fotos de filhos, cachorros, gatos, netos e filhos para uma legião de pessoas que nem sempre são tão próximas assim e que não estão nem aí para o que se passa na vida dessa gente. Há quem "aceite qualquer amigo" em nome de uma popularidade fictícia. Há os que correm para o Facebook no minuto seguinte de romper uma relação para alterar o "status de relacionamento" na rede - e se declarar disponível. Há os militantes, religiosos, políticos e esportivos; sempre torcendo para seu Deus, seu time, seu partido. Há como sempre, aqueles seres irritantes e invasivos sem limites, para quem você mesmo abriu as portas de sua linha do tempo, de sua página e até mesmo de sua casa.


E há os destrambelhados que perdem o pudor nas redes, fazendo das tripas coração. Isso é humano. É mais típico do humano brasileiro que do humano suceo. Duro é ser coagido a tomar uma posição nos barracos sentimentais e políticos. Quem acompanha o Facebook já percebeu broncas públicas e até amizades desfeitas, porque um se excede e ofende o amigo comum. Quantas saias justas de amigos que não compartilham a mesma ideologia. Por essas e por outras, aumenta o movimento dos que abandonam a vida virtual e se dizem aliviados. 
As pessoas são cobradas intensamente por não curtirem, compartilharem ou até mesmo cutucarem (o ato mais inútil do Facebook). Como se todos tivessem a obrigação de ver tudo o que era postado, dia e noite.
Usar a rede apenas para mensagens privativas e assuntos restritos é uma heresia a essa nova realidade. É como se aplicasse um adesivo na testa: sou antissocial, arrogante e não me importo com meus amigos. Quando na maioria das vezes a realidade é o inverso. 
O ator George Clooney afirmou preferir um exame de próstata em praça pública a ter um perfil no Facebook. Claro, que isso é um extremo. Mas está cada vez mais claro que toda essa vulgarização e exposição de imagem pessoal está afugentando algumas pessoas.
A falta de regras de privacidade é outro temor real. O Facebook coleta nome de usuário, senha, contatos e localização. Cada vez que você visita uma página na web com o botão "curtir", a rede social é avisada e todos ficam sabendo. Digamos, que é isso mesmo que você deseja. Que todos - até mesmo desconhecidos, conheçam os seus hábitos, sonhos, frustrações, suas conquistas, suas indignações, seus problemas, sua família,. Quanto mais gente melhor; Esse mundo foi feito para você. É preciso estar consciente das consequências, divertidas e nefastas, da festança virtual com penetras. 

Esse artigo foi retirado na Revista Época nº 749/ 24 de setembro e foi adaptada para se encaixar melhor na proposta de nosso blog. O texto original é de autoria de RUTH DE AQUINO. Nessa mesma edição da revista, publicaram uma matéria intitulada: "Amigo real x Amigo Virtual: Dá para ter amigos de verdade na era do Facebook? - E essa é a questão que fica para nossa reflexão. 

Quando li esse artigo da Ruth de Aquino, obviamente me lembrei de situações de minha própria vida e do meu cotidiano. Afinal, sou humano e já cometi todos esses erros citados acima e digo até mais; cometi erros ainda piores em relação a superexposição na internet. Eu cresci juntamente com esse movimento bombástico e isso ficou incorporado em mim e a falta de maturidade colaborou para que eu não entendesse a dimensão de que é todo esse universo virtual. E por isso sempre publiquei muita coisa, sempre falei demais e sempre fui muito exposto em todos os sentidos. Faz parte da vida, tudo isso é uma questão de aprendizado; justamente com as consequências... acredite, são muitas! Hoje eu tenho noção do poder da internet e do Facebook; assim como todas as outras redes sociais e até por isso que mantenho esse blog. Pelo fato de que pessoas me acompanhavam de outras épocas e o que eu postava e gostavam, deu no que deu. O VOZES DE OPINIÃO hoje existe e estou muito feliz com ele. Não faço atualizações toda semana, todo dia, toda hora... porquê também vivo uma vida real assim como todo mundo e tenho inúmeras responsabilidades. Mas sempre penso em nosso portal com muito carinho e todo o material interessante que eu acho, eu recolho para futuramente postar. Enfim, para finalizar... eu sei que a tentação é gigantesca e que dá vontade de postar tudo o que acontece, tudo o que vivemos, tudo o que queremos, o que não gostamos, e todas as nossas opiniões... mas nem sempre isso é possível sem causar atritos ou mágoas. O importante é estar ciente de toda a grandiosidade da internet e o que ela pode causar. Muito cuidado com tudo.
Existe uma frase que resume tudo isso que falamos:



“Não diga nada online que você não fosse colocar em um enorme outdoor com a foto do seu rosto ilustrando.” Erin Bury 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ÚLTIMO DIA: "SEM PENSAR" com Denise Fraga - SP


Depois de um absoluto sucesso de público com 168 apresentações e mais de 90 mil espectadores, a peça “Sem Pensar” encerra temporada no Memorial da América Latina. A última apresentação acontece hoje (07/09/12) e os ingressos custam 1 kg de feijão, 1 kg de arroz ou uma lata de leite em pó.
O espetáculo estreou em São Paulo em maio de 2011 e fez turnê nacional com apresentações em Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Brasília, Ribeirão Preto, Paulínia, Santo André, Mauá, São Bernardo, Jundiaí, Vinhedo, Indaiatuba, Piracicaba, Santos e nos CEU’s de SP.
Vencedor do “Prêmio Contigo de Melhor Comédia / 2011″, eleito pelo Júri Popular, o espetáculo conta a história de Delilah, uma menina que, às vésperas de completar 13 anos, está prestes a ter seu primeiro caso de amor com Daniel, um rapaz de 21 anos que aluga um quarto em sua casa.
Às voltas com um casamento em crise, seus pais, Vicky e Nick, interpretados por Denise Fraga e Kiko Marques, vivem dando um show de cegueira em hilárias discussões e nem percebem o que acontece com a filha adolescente, descobrindo sua sexualidade, e muito menos o drama, quase tragédia, que toma conta do rapaz em conflito entre o desejo e a moral. Ouvi comentários muito positivos em relação à peça. 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

SP: Mercado Municipal terá estacionamento a R$46 por 3 horas. VOCÊ ACHA ISSO JUSTO?

Prefeito Kassab 
Um fato me chamou atenção agora mesmo no Facebook, a página do Estadão postou uma foto comunicando a decisão da Prefeitura de São Paulo em relação ao estacionamento do Mercado Municipal da cidade e o seu valor. É óbvio que eu não concordo com esse valor exacerbado que eles iriam aplicar sobre a população, mas cada um tem sua opinião certo? Sei que muitas pessoas trabalham para receber diariamente a quantia de uns 20 ou 25 reais por dia, imaginem ter que pagar 46 reais por três horas num simples estacionamento?! Isso é definitivamente um absurdo. Mas se me permitem ir além, isso tudo é culpa da delegação do Kassab no governo de São Paulo. Sou absolutamente contra sua política de governo e toda sua gestão incompetente que só serve para prejudicar nosso Estado. Mas o que podemos fazer não é? O povo votou. Ele não subiu lá sozinho. Só não podemos cair no mesmo erro de elege-lo novamente ou então eleger alguém que seja da mesma detestável estirpe. Que o povo tenha mais consciência, mais sabedoria, mais inteligência para evitar inconvenientes e decepções. O assunto hoje é sobre esse roubo injustificável!

Segue matéria original, retirada do portal Estadão:
A Prefeitura já estuda o preço das tarifas das três garagens subterrâneas que serão construídas no centro de São Paulo. A mais cara deverá ficar no Mercadão. Ali, quem estacionar o carro por três horas desembolsará R$ 46,30. Já na Praça Fernando Costa, vizinha à Rua 25 de Março, quatro horas custarão R$ 31,20. Trata-se de um patamar mais em conta que o projetado para o estacionamento sob a Praça Roosevelt, onde deixar o automóvel por apenas duas horas implicará pagamento de R$ 23,23. A expectativa é que a entrega dessas estruturas aconteça em 2013.
Os valores, sujeitos a alterações, são mais altos do que os cobrados atualmente nas duas garagens subterrâneas já construídas pelo governo municipal. 
Eles aparecem no edital de licitação para conceder a construção e a operação das garagens à iniciativa privada. O documento foi publicado anteontem pela Secretaria Municipal de Transportes. Para calcular as tarifas, a pasta levou em conta as tabelas de estacionamentos que já funcionam nas três vizinhanças. Além disso, estimou o tempo médio que os veículos deverão passar usando o serviço em cada garagem. É por isso que o preço não foi dividido por hora exata. A justificativa para que a garagem do Mercado Municipal seja a que mais pese no bolso dos motoristas se explica, segundo a gestão Gilberto Kassab (PSD), por “sua localização privilegiada” e pelo “fácil acesso para os usuários”. Além disso, o padrão de qualidade exigido do serviço será superior ao que a concorrência oferece no entorno. O equipamento, com 555 vagas distribuídas em três andares, ficará sob a Avenida Mercúrio, perto da esquina com a Rua Cantareira. A mensalidade poderá custar, segundo a estimativa, R$ 360.

Todos os valores se referem ao preço médio calculado para o primeiro ano de concessão das garagens. Outro estacionamento será construído embaixo da maior parte da Praça Fernando Costa, “com exceção do trecho onde a concentração de árvores no nível térreo é alta”. Ou seja, na esquina mais ao sul com a Rua 25 de Março. De acordo com o edital, essa construção, também segmentada em três pavimentos, permitirá “o acesso de todas as regiões da cidade”.
Serão oferecidas no local 495 vagas.
O custo projetado para os mensalistas ali é de R$ 372,46, conforme cálculos finalizados em 2011.
No caso da Praça Roosevelt, que passa por uma reforma, haverá 329 vagas. Esse estacionamento, de dois andares, já existia. A concessionária vencedora da licitação, que durará 30 anos, terá que “efetuar as obras complementares”. O acesso será pela Rua Martinho Prado, onde também ficarão a administração e a recepção. Quem quiser pagar mensalidade terá que gastar R$ 418,87, o preço mais alto das novas garagens. As concessionárias poderão ter outras fontes de receita, como a exploração de espaços de publicidade e o uso de quiosques de comércio e serviços. A previsão é que, no terceiro ano de concessão, a receita nos três estacionamentos atinja R$ 20,3 milhões. 
Crédito: Caio do Valle

Você se convenceu de que esse é um preço justo? Nem eu.

domingo, 15 de julho de 2012

Conheça a Rede Biroska: Coconut Brasil e Siga la Vaca (SP)

Gostaria de fazer uma breve indicação de uma ótima rede de bares que existe no centro de São Paulo para garantir o happy hour da galera no final de semana. Estou falando da grande Rede Biroska, que pertence à mulher prodígio Lilian Gonçalves. Além de ser uma mulher muito batalhadora e de grande foco possui uma visão de empreendedorismo como  ninguém e por esse motivo a rua Canuto do Val, no centro de São Paulo; praticamente pertence a ela, pois seus estabelecimentos estão localizados ali.
Vou escrever sobre dois bares nos quais eu já estive e tenho uma opinião formada sobre eles.

COCONUT BRASIL Espetinho & Cia 
Rua Canuto do Val, 41 -  Santa Cecília. Tel: (11) 3224 0586 begin_of_the_skype_highlighting            (11) 3224 0586      end_of_the_skype_highlighting  Site:www.coconutbrasil.com.br

 Conheci o espaço no ano passado na companhia de grandes amigos, estávamos sedentos de uma boa noite de muita música e bebida para encerrarmos o período letivo da faculdade. E então um amigo nos apresentou o Coconut; que se diz o maior karaokê da América Latina: No piso superior estão projetadas 14 SALAS INDIVIDUAIS DE VIDEOKÊ, equipadas com TV’s de plasmas com imagens em alta definição, microfones e equipamentos de som de última geração. A decoração de toda a casa é exclusiva com painéis de fotos de Miami, especialmente do bairro COCONUT, que deixam o ambiente com muito requinte e elegância, inclusive nos banheiros. 


No térreo bar e restaurante com vários ambientes e as mesinhas na calçada, deixando o local perfeito para o happy hour, encontrar os amigos e aquele bate papo gostoso descontraído. Destaques para: Torre de Chope, Cerveja no Balde e os deliciosos espetinhos. O cardápio é para todos os gostos: porções, sanduíches e os exclusivos Espetinhos com mais de 30 variedades entres doces e salgados servidos no toco ou em porções no réchaud, além das deliciosas sopas e caldos para aquecer o seu inverno. Aberto De Segunda a Domingo das 18:00h até as 07:00 da manhã, 365 dias por ano. Essa é a descrição oficial da casa, mas eu tenho as minhas considerações pessoais que gostaria de pontuar aqui: 
O espaço é realmente grande e muito bem decorado, muito bem ambientado, com música propícia e num bom volume. A iluminação e o paisagismo também é adequado. 
Está sempre muito lotado! Todas as salas são preenchidas com vigor e nem sempre com pessoas que você conhece. E por esse motivo você tem que escolher bem a sua sala, já que você estará lá para se divertir e não para se aborrecer, correto? Caso não goste do pessoal da sala, se eles estiverem um pouco bêbados, gritando muito no microfone ou se a sala estiver insuportávelmente cheia, não hesite em procurar uma outra opção por lá, é simples.
Alguns funcionários da rede não são muito gentis. Talvez seja pela superlotação e alta demanda da casa, eles não tenham tanta paciência e disponibilidade assim para você. Eu já me aborreci com a falta de educação de uma funcionária lá. Eu mesmo resolvi meu problema sem o suporte da casa.
Nenhum lugar é completamente perfeito e por isso considero o  Coconut um ótimo espaço para reunir os amigos e curtir uma deliciosa noite! Há um grande catálogo de músicas que você pode escolher e soltar a voz a vontade!
Eu recomendo!

SIGA LA VACA 
Rua Canuto do Val, 97 -  Santa Cecília. Tel: 11 3224 0586 begin_of_the_skype_highlighting            11 3224 0586      end_of_the_skype_highlighting  Site: http://www.biroska.com.br/sigalavaca



A casa é um sucesso e recorde de público, atraindo todos os dias centenas de pessoas ávidas pelo mix de restaurante, bar e vídeokê ou mesmo por apenas algum desses ambientes.
Uma belíssima e ampla varanda e na parte de cima, três equipadíssimas salas de vídeokê, com isolamento acústico e ar-condicionado. A casa possui também Wi-Fi (internet sem fio em alta velocidade), para reuniões ou encontro de negócios. Possui seis ambientes sendo: bar, restaurante, varanda e três salas de karaokê com ar condicionado.


A festa de celebração do meu aniversário nesse ano foi feita no Siga la Vaca, efetuei a reserva em meu nome e garanti a nossa noite. Fui muito bem atendido do início ao fim. Um dia antes da minha festa eu fui até o local para conhecer e me programar melhor, ganhei um tipo de "tour" pela casa por uma simpática atendente e adorei quando vi pela primeira vez. Era muito melhor do que tinha visto em fotos! A decoração da casa é perfeita e segue fielmente ao tema "vacas e fazendas". Há uma escada no meio do bar que é acoplada numa grande e charmosa árvore que dá um toque fantástico a casa. O espaço é muito menor do que o Coconut, mas é muito mais elaborado e mais charmoso. 
Digamos que o nível das duas casas são bem diferentes. As três salas são dispostas por meio de pequenas passarelas que pairam em cima do bar e são ótimas. Ar condicionado de primeira, com direito a um pequeno palco, mesas e cadeiras confortáveis. Definitivamente a minha preferência é o SIGA LA VACA!!! É excelente!
E eu tive um dos melhores aniversários da minha vida lá! Adorei, e por isso recomendo aos leitores aqui do Vozes de Opinião. Espero que vocês tenham a oportunidade de conhecer!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

PARADA GAY: Uma opinião diferente!



Sempre vejo muitas pessoas comentando e criticando a parada gay. Geralmente falam que aquilo tornou-se um grande carnaval, que não há nenhuma luta por democracia e direitos iguais, que não há respeito entre os próprios homossexuais e que tudo foge do controle.
As pessoas julgam que aquilo virou um circo dos horrores, um show de aberrações, um grande palco de performances e apresentações envolvida em clima de paquera, de sexo, de amizade...
Tudo regado com o melhor vinho “sangue de boi” de 5 ou 7 reais que se encontrar nas mãos de algum vendedor na Avenida Paulista, tentando faturar o pão de cada dia com o dinheiro que o pessoal está gastando na parada gay.
Diante de todos os comentários que eu ouço eu criei um certo tipo de medo em escrever sobre esse evento. Mas eu estava aqui com a minha cabeça no travesseiro e de repente, milhões de pensamentos me invadiram a cabeça e eu não pude evitar de me levantar rapidamente para registrar isso com a ajuda do meu notebook, para posteriormente colocar no blog. Mas voltando ao assunto. Em relação a esses comentários que as pessoas soltam em relação a parada gay, elas estão erradas? Elas estão completamente certas?
CREIO QUE NÃO!
Bom, a minha teoria é que tudo isso acontece dessa forma na Parada Gay pelo fato de que todas essas pessoas são extremamente reprimidas e infelizes perante a sociedade. Imaginem só, quantas pessoas enrustidas não estão debaixo dessa bandeira? Tentando ter um momento único de libertação, extravasando seus maiores medos e suas inseguranças? Sei que os números pessoas não assumidas na Parada Gay é enorme e isso gera um desequílibrio primeiramente no interior de cada uma delas e posteriormente no evento como um todo. Conheço muita gente que vai para a Parada Gay escondida, coberta de mentiras e disfarces para que ninguém saiba que ela está de fato indo. Ela passa o ano inteiro fingindo ser quem não é, reprimindo seus desejos, suas vontades, sofrendo ou por preconceitos ou por medo de se libertar e ser feliz, o único dia de sua vida que pode ser plenamente livre sem receios e sem fronteiras é a Parada Gay, em frente a milhões e milhões de pessoas a felicidade parece ser enxergada de verdade. Em meio a tanta cor, tantos homens histéricos, tanta paixão pela vida...
O que acontece ali é simplesmente um distúrbio de liberdade. Na maioria das vezes essas pessoas possuem um cotidiano muito triste e solitário. Estou afirmando isso com base em tudo o que eu já vi na minha vida e que também passei. Eu sei como as coisas são.
Nesse evento as pessoas agem numa tentativa desesperada de extravasarem todos os seus medos, tentam se encontrar, ou então se perdem ainda mais. É simples assim. Algumas pessoas ficam nuas, dançam até cansar, outras bebem até cair, outras beijam até o lábio cair, algumas só estão para admirar, outras para conhecer. Mas a verdade é que cada pessoa ali está procurando por sua verdade. Não estou defendendo a Parada Gay e nem o que ela se tornou, mas hoje esse ponto de vista veio até mim. Nossa sociedade está cada vez mais perturbada, mais sozinha e mais perdida. E afirmo que não são somente gays que fazem isso no evento. Existem inúmeros heterossexuais extravasando e curtindo o evento a fim de obter sua verdade também.
O que eu quero dizer com a verdade? Um pensamento, uma bagagem cultural, uma história de vida, vontade de ser feliz e completo, vontade de ser amado, vontade de conhecer a própria essência, conhecer a essência do outro ao redor. Com certeza, a classe homossexual deveria aprender a lutar mais pelos seus direitos e a exigir respeito da maneira correta. Mas antes de tudo isso acontecer cada pessoa tem que iniciar uma luta consigo mesma, uma luta de auto-respeito, amor próprio. Estudar, trabalhar, conseguir respeito perante a sociedade pelo que se faz, pelo o que se é e não pelo o que falam! Se cada pessoa estalebelecesse essa condição para sua vida e criasse uma história de sucesso; nossos caminhos já seriam muito diferentes!
Para exigir respeito nas ruas, nós precisamos exigir respeito em nossa própria vida!
Isso é o que eu penso da Parada Gay. Infelizmente seus pilares foram distorcidos juntamente com seus conceitos. E mesmo assim eu ainda sou a favor da Parada Gay como  uma forma de mostrarmos que a classe gay existe e é extremamente númerosa. Mesmo que defeituosa ainda é uma forma de nos colocar em evidência na sociedade.
Posso citar também como um ponto positivo desse grande evento: A movimentação da economia!
É inacreditável o que a cidade de São Paulo arrecada e lucra com os gastos das pessoas na Parada.
A parada LGBT está na 16ª edição e já é o maior evento em público e o segundo maior em gastos dos turistas, atrás apenas da Fórmula 1. A movimentação financeira deve chegar a R$ 196 milhões.
O fato é que a grande parcela dos gays têm dinheiro para gastar e não hesitam em fazer isso, e por isso toda a economia de nossa cidade é afetada positivamente. Em questões de meios de hospedagem, alimentação, entretenimento e etc...


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Respeito é o que falta em nossa sociedade!

No dia 11 de Fevereiro desse ano eu passei por uma situação desagradável dentro do trem a caminho da estação Barra Funda. Tudo bem, não era diretamente comigo mas eu me senti na obrigação de interferir na história.
Tinha um casal gay abraçado.. estavam como qualquer outro casal qualquer. Apenas de mãos dadas, sorrindo e conversando. Quando então eu avisto uma mulher olhando com uma cara feia, de nojo, repugnância e falando algumas coisas.. Coisas absurdas!
Ela estava acompanhada de um rapaz, e começou a falar bem alto a fim de constranger o casal! Afirmou que ela ia descer na próxima estação, e que aquilo que ela estava vendo:
"... era um absurdo, que ela detestava esse povo, que são piores que animais... que são todos safados que vão contra a natureza e que não respeitam nada nem ninguém.. é um abuso o que eles estão fazendo em público, que deviam prendê-los, matá-los..." e mais um monte de coisa que prefiro nem lembrar! Essas foram algumas das palvras dela. Eu fui me irritando.. fui inflando.. tomando a dor deles! Então eu me levantei e fiquei do lado dela só ouvindo.. o trem parou na Barra Funda e nós dois descemos, assim como o casal.
Eles seguiram de mãos dadas na escada rolante e então essa mulherzinha continuou falando indignada esticou o braço e deu um cutucão nas costas de um dos dois!
 

Ah era o que faltava para que eu me metesse naquela história. Não aguentei ver aquilo e ficar calado, comecei a falar tudo o que ela merecia ouvir: "Você tem muito pra aprender na vida, começa primeiro respeitando o direito de cada pessoa! O direito de ser livre e de ser feliz! Aprende a respeitar as pessoas pelo o que são! Cuida da sua vida.. faz algo de útil ao invés de ficar praticando o ódio e o preconceito! Só tem uma coisa absurda aqui!!! Absurda é a sua ignorância e falta de respeito com as outras pessoas!! Ahh, e eu estou cuidando da minha vida também! Eu não os conheço... mas a vida deles é minha também! Vc não é capaz de entender como as coisas são.. apenas fique de boca calada! Respeito e fundamental!"
Ela rebateu dizendo que eu deveria cuidar da minha vida e então a minha réplica foi com a voz embargada, em alto e em bom tom disse: "Eu estou cuidando da minha vida! Por quê ao cuidar da vida deles estou automaticamente cuidando da minha!" Mas aí então.. várias pessoas nos afastaram e falaram pra que eu ignorasse e deixasse ela pra lá.
O casal me agradeceu, e pediu que eu apenas ignorasse mesmo. Que a gente tem que relevar e apenas ignorar e seguir. Eu também concordo! A pior coisa é dar trela para essas pessoas homofóbicas, mas eu achei muita falta de respeito da parte dela. Não iria ficar em paz se eu não tivesse defendido eles! Foi muito cruel tudo o que ela disse! Eu tive que lutar!! Eu não sou o tipo de pessoa que se cala diante de uma situação ruim. Se dói eu grito mesmo! Se a gente não gritar para nos defender, o mundo nos engole! E eu não serei engolido!

Relato: Marcha contra a homofobia - SP

No dia 13 de maio de 2012 participei da marcha contra a homofobia que rolou aqui em São Paulo e foi uma experiência tão gratificante que eu acabei postando sobre o assunto e consegui bastante retorno em relação à essa postagem. Então, agora posto oficialmente do meu blog. O relato dessa experiência:

Relato sobre a MARCHA CONTRA A HOMOFOBIA - 13/05/12
"Avenida Paulista > Largo do Arouche - São Paulo - SP

No domingo especial Dia das Mães dia (13/05) eu trabalhei, e procurando um presente do nada acabei me deparando com um movimento significativo na Avenida Paulista e então descobri que se tratava da Marcha contra a Homofobia. Já estava com o presente em mãos, com a minha mochila pesadérrima!!! Obviamente, fiquei por lá observando o movimento, o conceito do evento e no que daria. Com o tempo fui percebendo que aquilo ali não se parecia em NADA com a famosa Parada Gay de SP que todos nós já conhecemos. Não tinha carros de som, não tinha ambulantes vendendo vinho sangue de boi, nada de sensualização explícita, gente pelada, ou bêbadas se beijando e caindo no chão naquele clima terrível.. Pelo contrário, eu vi gente normal com sonhos... de se casarem, de serem livres e igualitariamente felizes com direito de ir e vir sem temer às criticas da sociedade. Vi alguns casais juntos, alguns homens sozinhos, algumas drags extremamente simpáticas proferindo um discurso que me arrepiou de cima a baixo, e várias pessoas segurando uma plaquinha pedindo respeito as diferenças sociais. No protesto eles gritavam contra o racismo e a homofobia. Bom, resumindo: Eu estava ali, mas não era por acaso. Estava ao lado de pessoas que como eu querem e necessitam do direito laico de uma vida completa e socialmente aceita e feliz. Portanto, ali estava eu... segurando a bandeira colorida e descendo a Paulista, seguindo pela Augusta em direção ao Largo do Arouche..
Desde a ostentação da bandeira até o final do trajeto eu segurei a bandeira, vibrando com os jingles contra homofobia e descriminação social. Estava ali completamente sozinho! Não conversei com ninguém... não conheci ninguém... Mas estava ali representando cada problema e cada tristeza que o preconceito já me causou e já causou a pessoas queridas. Eu gostaria muito que todos os meus amigos estivessem ali presentes presenciando aquele momento de luta por liberdade! Queria muito que o pessoal valorizasse ações como essa. Afinal, exigir respeito é muito fácil... mas nós temos que dar o primeiro passo e mostrar que existimos e que somos também uma voz ativa na sociedade!!! Eu estava cansado por ter trabalhado, estava com a caixa de presente da minha mãe e com a mochila... com dor nas costas, e nos braços por causa do peso e de ostentar a bandeira e a placa. Mas ali eu permaneci! Fazendo a minha parte, contribuindo com a sociedade da qual eu faço parte! Todos nós devemos ter essa consciência e tomarmos essa atitude! ATÉ QUANDO QUEREM APANHAR NA RUA? ATÉ QUANDO QUEREM SER DESMORALIZADOS CIVILMENTE? ATÉ QUANDO IRÃO AGUENTAR TANTO PRECONCEITO E FALTA DE RESPEITO! A luta é nossa! A luta é cotidiana! Portanto, acordem povo! Cada pequeno passo, cada pequena atitude constrói uma história. Finalizando: Um dia eu vou poder dizer... EU ESTAVA LÁ!