No dia 13 de maio de 2012 participei da marcha contra a homofobia que rolou aqui em São Paulo e foi uma experiência tão gratificante que eu acabei postando sobre o assunto e consegui bastante retorno em relação à essa postagem. Então, agora posto oficialmente do meu blog. O relato dessa experiência:
Relato sobre a MARCHA CONTRA A HOMOFOBIA - 13/05/12
"Avenida Paulista > Largo do Arouche - São Paulo - SP
No domingo especial Dia das Mães dia (13/05) eu trabalhei, e procurando um presente do nada acabei me deparando com um movimento significativo na Avenida Paulista e então descobri que se tratava da Marcha contra a Homofobia. Já estava com o presente em mãos, com a minha mochila pesadérrima!!! Obviamente, fiquei por lá observando o movimento, o conceito do evento e no que daria. Com o tempo fui percebendo que aquilo ali não se parecia em NADA com a famosa Parada Gay de SP que todos nós já conhecemos. Não tinha carros de som, não tinha ambulantes vendendo vinho sangue de boi, nada de sensualização explícita, gente pelada, ou bêbadas se beijando e caindo no chão naquele clima terrível.. Pelo contrário, eu vi gente normal com sonhos... de se casarem, de serem livres e igualitariamente felizes com direito de ir e vir sem temer às criticas da sociedade. Vi alguns casais juntos, alguns homens sozinhos, algumas drags extremamente simpáticas proferindo um discurso que me arrepiou de cima a baixo, e várias pessoas segurando uma plaquinha pedindo respeito as diferenças sociais. No protesto eles gritavam contra o racismo e a homofobia. Bom, resumindo: Eu estava ali, mas não era por acaso. Estava ao lado de pessoas que como eu querem e necessitam do direito laico de uma vida completa e socialmente aceita e feliz. Portanto, ali estava eu... segurando a bandeira colorida e descendo a Paulista, seguindo pela Augusta em direção ao Largo do Arouche..
Desde a ostentação da bandeira até o final do trajeto eu segurei a bandeira, vibrando com os jingles contra homofobia e descriminação social. Estava ali completamente sozinho! Não conversei com ninguém... não conheci ninguém... Mas estava ali representando cada problema e cada tristeza que o preconceito já me causou e já causou a pessoas queridas. Eu gostaria muito que todos os meus amigos estivessem ali presentes presenciando aquele momento de luta por liberdade! Queria muito que o pessoal valorizasse ações como essa. Afinal, exigir respeito é muito fácil... mas nós temos que dar o primeiro passo e mostrar que existimos e que somos também uma voz ativa na sociedade!!! Eu estava cansado por ter trabalhado, estava com a caixa de presente da minha mãe e com a mochila... com dor nas costas, e nos braços por causa do peso e de ostentar a bandeira e a placa. Mas ali eu permaneci! Fazendo a minha parte, contribuindo com a sociedade da qual eu faço parte! Todos nós devemos ter essa consciência e tomarmos essa atitude! ATÉ QUANDO QUEREM APANHAR NA RUA? ATÉ QUANDO QUEREM SER DESMORALIZADOS CIVILMENTE? ATÉ QUANDO IRÃO AGUENTAR TANTO PRECONCEITO E FALTA DE RESPEITO! A luta é nossa! A luta é cotidiana! Portanto, acordem povo! Cada pequeno passo, cada pequena atitude constrói uma história. Finalizando: Um dia eu vou poder dizer... EU ESTAVA LÁ!
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